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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Há blog's que nos inspiram...

Hoje na minha visita diária aos blogs que costumo ler, li o bagaco amarelo que escreveu algo brilhante! Com o seu total consentimento transcrevo para aqui o texto que sinceramente me fez ver o dia de outra maneira, me fez olhar para o meu marido (namorado) de outra forma, porque mesmo quando estamos com um monte de roupa em cima, ou com a "tralha" toda espalhada pelo chão, podemos partilhar aquela "mão" que por vezes nos sobra e não sermos tão egoístas! Lá pelo refogado queimar enquanto fui ao Continente e ele ficou de "deitar um olho" ao tacho, não quer dizer que a casa vá abaixo, afinal todos falhamos e eu não sou nenhuma excepção, bem pelo contrario!

E porque realmente existem textos capazes de abalar a nossa forma de viver aqui vai o texto publicado no não compreendo as mulheres:

"Com o tempo ganhei alguma dificuldade em reconhecer na "minha mulher" aquela que tinha sido a "minha namorada". Cheguei a essa conclusão numa manhã qualquer invernosa, e foi aí que passei a detestar a expressão "minha mulher".
Ela estava a tentar encontrar uma meias num monte enorme de roupa por passar, eu estava a tentar arrumar o aspirador numa despensa onde já não cabia mais nada. Caíram algumas coisas que estavam amontoadas à sorte naquele pequeno cubículo da casa e eu pedi ajuda. Ajuda aqui! E ela perguntou-me se eu achava que ela podia. Achas que posso?
Vivíamos lado a lado mas não vivíamos juntos. Nem ela me podia ajudar a arrumar o aspirador na despensa, nem eu podia ajudá-la a encontrar umas meias num enorme emaranhado de roupa. Nunca consegui explicar muito bem isso a mim mesmo, mas acho que tudo começou a acontecer quando ela deixou de ser minha namorada para passar a ser minha mulher. Fiquei a olhar para a despensa desarrumada como se aquilo fosse a minha vida, ou seja, demasiadas coisas sem importância a preencher todo o espaço existente.
O que sobrava era tentarmos ter pequenos momentos de privacidade, fosse na casa de banho a ler uma revista ou numa rápida ida ao café da frente para ler as gordas do jornal do dia. Porque esse era o problema de ela ser a "minha mulher" e eu o "marido dela". Não tínhamos os nossos momentos. Aqueles que são mesmo só nossos. É isso que distingue um par de marido e mulher dum par de namorados.
Quando me divorciei acho que foi a primeira coisa em que pensei. Se me tornar a meter noutra espero que seja com uma namorada para sempre. E repeti para mim mesmo a palavra "namorada", mesmo sem perceber muito bem o que estava a dizer."

Obrigada Bagaço pela inspiração!


1 comentário:

Lily disse...

Também acho que não deves ficar chateada com o refogado, porque tens tempo para isso quando estiverem juntos há mais de 30 anos. Pelo menos é o que vejo pelos meus pais, estão na fase de refilarem por tudo e por nada, literalmente. A mim só dá vontade de rir, mas há alturas em que já não os posso ouvir. Portanto o melhor é aproveitar o presente, porque com o tempo a paciência tende a desaparecer :D