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terça-feira, 31 de julho de 2012

Crise...Crise... Crise

Já ouvimos falar de crise há já algum tempo, pelo menos na informação, porque sempre que me lembro existe crise...
Mas muito sinceramente, eu já ouvia muita gente queixar-se, mas na minha profissão ainda não tinha visto nada concreto, as pessoas continuavam a trabalhar, a receber mais tarde, mas a receber, as casas iam-se vendendo... Mas desde que 2012 começou isto tem ficado cada vez pior, as confecções tem pouco trabalho e o pouco que têm é mal pago, a construção civil não vende ou cada vez tem menos trabalho e meus amigos isto começa a assustar-me.

Eu percebo que o país está mal, e blá blá blá, mas sr.(s) políticos, não é cobrando mais impostos que as coisas vão lá, essa é a forma mais rápida de ter dinheiro, eu sei... Mas a longo prazo isso vai acabar como nosso país, porque já ninguém suporta a carga fiscal, porque trabalhar para pagar impostos não é a meta de ninguém, e porque cada vez que aumentamos os impostos, mais economia paralela se cria.

Não sou economista, mas além de ser contabilista exerço funções de gestão e digo a quem me lê, mais do que em crise, nós estamos a afundar-nos devagarinho e com muito sofrimento, cada vez há mais pessoas que eram "ricas", quero com isto dizer, que tinham dinheiro para férias, casa de praia e carros topo de gama, a ter que ver livre disso, e não estou a falar dos que se sobre-endividaram para ter tudo isso, mas daqueles que tinham uma vida estável, uma empresa rentável e que agora não têm dinheiro para as mais simples obrigações do dia a dia, e pior, hoje já ninguém está interessado em ter bens, ou quem está só quer pechinchas bastante penalizadoras para quem vende!

E isto é o que eu vejo todos os dias.

5 comentários:

Joana (Palavras que enchem a barriga) disse...

Olá Filipa!

Eu noto muito isso no meio onde a minha família se movimenta, que como sabes é a indústria têxtil. Há cada vez mais empresas a abrir falência, a despedir empregados e há até grandes marcas internacionais de luxo a falir. Sinceramente não sei muito bem para onde nos estamos a dirigir, mas sei que a este ritmo vamos chegar lá bem depressa :(

Beijinhos!

Ema disse...

Olá Filipa

Pois eu não podia deixar de comentar o teu post:
1º porque sou economista
2º porque antevi esta situação há bastantes anos
3º porque viajo sobretudo pela Europa e via os povos mais ricos a viver mais modestamente que nós.

O que de facto me espantou foi o meu pai este fim de semana, sinceramente nunca tinha visto o meu pai zangado em toda a minha vida... Pois ele estava possuído com os cortes nos subsídios, neste caso de férias.

A austeridade é absolutamente necessária, ao contrario do que se pensa (ou se quer) senão não há forma de dar a volta á situação.


Beijinhos

Ema disse...

Faltou-me dizer que nos resta rezar para nos ir-mos mantendo menos mal...

Ema disse...

Faltou-me dizer que nos resta rezar para nos ir-mos mantendo menos mal...

Luciana disse...

Olá Filipa!
Trabalhei durante 12 anos numa empresa ligada a acessórios de moda. Resultado = insolvência em 2011. Não foi um processo nada fácil porque estava na parte administrativa e via todos os dias as dificuldades...mas sai na 6ª (fiquei até ao ultimo dia) e na 2ª estava noutra empresa mas num ramo completamente diferente(thanks god!!... mas nem todas as pessoas tiveram a sorte que eu). A minha área de "actuação" também é na parte da contabilidade, mas sinceramente penso que não devemos pensar em mudar o estilo de vida apenas "por causa da crise" ou daqui a uns anos estaremos igual. Tem de haver uma consciencialização de que não se pode viver acima das possibilidades e necessidades. Temos de mudar, tornar o sistema sustentável e assumir que também temos responsabilidades na vida do pais = que somos todos nós!
Beijos