Já ouvimos falar de crise há já algum tempo, pelo menos na informação, porque sempre que me lembro existe crise...
Mas muito sinceramente, eu já ouvia muita gente queixar-se, mas na minha profissão ainda não tinha visto nada concreto, as pessoas continuavam a trabalhar, a receber mais tarde, mas a receber, as casas iam-se vendendo... Mas desde que 2012 começou isto tem ficado cada vez pior, as confecções tem pouco trabalho e o pouco que têm é mal pago, a construção civil não vende ou cada vez tem menos trabalho e meus amigos isto começa a assustar-me.
Eu percebo que o país está mal, e blá blá blá, mas sr.(s) políticos, não é cobrando mais impostos que as coisas vão lá, essa é a forma mais rápida de ter dinheiro, eu sei... Mas a longo prazo isso vai acabar como nosso país, porque já ninguém suporta a carga fiscal, porque trabalhar para pagar impostos não é a meta de ninguém, e porque cada vez que aumentamos os impostos, mais economia paralela se cria.
Não sou economista, mas além de ser contabilista exerço funções de gestão e digo a quem me lê, mais do que em crise, nós estamos a afundar-nos devagarinho e com muito sofrimento, cada vez há mais pessoas que eram "ricas", quero com isto dizer, que tinham dinheiro para férias, casa de praia e carros topo de gama, a ter que ver livre disso, e não estou a falar dos que se sobre-endividaram para ter tudo isso, mas daqueles que tinham uma vida estável, uma empresa rentável e que agora não têm dinheiro para as mais simples obrigações do dia a dia, e pior, hoje já ninguém está interessado em ter bens, ou quem está só quer pechinchas bastante penalizadoras para quem vende!
E isto é o que eu vejo todos os dias.
5 comentários:
Olá Filipa!
Eu noto muito isso no meio onde a minha família se movimenta, que como sabes é a indústria têxtil. Há cada vez mais empresas a abrir falência, a despedir empregados e há até grandes marcas internacionais de luxo a falir. Sinceramente não sei muito bem para onde nos estamos a dirigir, mas sei que a este ritmo vamos chegar lá bem depressa :(
Beijinhos!
Olá Filipa
Pois eu não podia deixar de comentar o teu post:
1º porque sou economista
2º porque antevi esta situação há bastantes anos
3º porque viajo sobretudo pela Europa e via os povos mais ricos a viver mais modestamente que nós.
O que de facto me espantou foi o meu pai este fim de semana, sinceramente nunca tinha visto o meu pai zangado em toda a minha vida... Pois ele estava possuído com os cortes nos subsídios, neste caso de férias.
A austeridade é absolutamente necessária, ao contrario do que se pensa (ou se quer) senão não há forma de dar a volta á situação.
Beijinhos
Faltou-me dizer que nos resta rezar para nos ir-mos mantendo menos mal...
Faltou-me dizer que nos resta rezar para nos ir-mos mantendo menos mal...
Olá Filipa!
Trabalhei durante 12 anos numa empresa ligada a acessórios de moda. Resultado = insolvência em 2011. Não foi um processo nada fácil porque estava na parte administrativa e via todos os dias as dificuldades...mas sai na 6ª (fiquei até ao ultimo dia) e na 2ª estava noutra empresa mas num ramo completamente diferente(thanks god!!... mas nem todas as pessoas tiveram a sorte que eu). A minha área de "actuação" também é na parte da contabilidade, mas sinceramente penso que não devemos pensar em mudar o estilo de vida apenas "por causa da crise" ou daqui a uns anos estaremos igual. Tem de haver uma consciencialização de que não se pode viver acima das possibilidades e necessidades. Temos de mudar, tornar o sistema sustentável e assumir que também temos responsabilidades na vida do pais = que somos todos nós!
Beijos
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